quarta-feira, 25 de abril de 2007

A Saga do Só

Hoje sinto minha alma calada.
Sou uma flor sem companhia
Dos pássaros que cantavam no jardim.

Sou folha morta, esperando um fim
Que o vento me leve
E me leve bem longe daqui.

Que meus olhos vejam
Meu coração não sinta
E que minha mente vagueie.

O vazio é padecimento
A espera é sofrimento
Meu cansaço é de dor.

Passado que me segue
No futuro que me aguarda
O presente é minha sorte.

Eu modifico, eu guardo, eu choro
Eu invento, eu suplico, eu ando
Sozinha estou em muitos cantos.

Veio-me ao mundo assim
Derradeira companhia terá fim
Partirei por horas dentro de mim.




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